traçados de mulheres da Penitenciária Feminina do Butantã

Aqui estão escaneadas, ou transcritas exatamente como foram escritas, as palavras, esquemas e desenhos de mulheres presas. O trabalho teve início em 2010, através do Projeto Ausências, um trabalho artístico/político amplo realizado dentro da Penitenciária Feminina do Butantã (para mais, vide o site e o blog do Grupo do Trecho, indicados em links no corpo do blog). O projeto ausências em autoescrituras é um afluente deste projeto do Trecho, um afluente que seguirá seu fluxo sem data de término.
Para a criação das autoescrituras, primeiro foram entregues fichas com perguntas, ou direcionamentos, para elas preencherem e devolverem no dia seguinte; depois, o trabalho seguiu através de cartas. Para ler as autoescrituras, clique no nome de cada uma das mulheres e acompanhe o histórico de seus escritos. O título da postagem ou será a data de recebimento da carta, ou a pergunta ou direcionamento feito em ficha para que ela respondesse.
O projeto foi diretamente discutido com elas, que toparam participar dele com vontade de compartilhar sua vida com o mundo exterior... Elas escolheram a forma como queriam que seus nomes fossem aqui publicados, ou inteiros, ou apelidos; bem como possuem endereço e senha do blog, para, em caso de saída temporária, poderem ver e/ou alterar o que quiserem.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

.as novas cartas.

Essa semana, dia 23/02, recebi uma carta de Talita Dell Mazzo Fernandes. Uma das mulheres que regrediram pena. Consegui escrever para ela porque Janaína me passou o seu endereço. Sua carta pode ser lida na página de Talita.


Em sua carta me conta que Bruna não está na PE junto com ela, pois havia sido transferida para uma Penitenciária Feminina em Franco da Rocha, me aconselhou a buscar o endereço no site da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária). No site da SAP não havia nenhuma penitenciária feminina em Franco da Rocha. Depois de muito tempo reparo que há uma CDP (Centro de Detenção Provisória). Acho estranho, pois em teoria as CDPs foram criadas para receber recém-presos que aguardam julgamento. Deveriam ser temporárias, não possuem nenhum programa educacional, de lazer ou de trabalho. Telefono para a CDP para perguntar acerca de Bruna e me confirmam que sim, ela esta lá desde o dia 17 de dezembro. Sua transferência para uma CDP provavelmente significa que ela deve ter regredido muito sua pena. Enviei uma carta para ela no dia 24/02. 


No dia 25/02 recebi carta de Verônica Augusta. Eu havia escrito para ela em janeiro e ela ainda não havia me respondido. Sua carta pode ser vista em sua página.

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