o projeto ausências em autoescrituras, como um afluente do projeto ausências, foi um dos rumos encontrados por mim para criar pontes entre mundos a partir do que encontrei entre os muros da Penitenciária Feminina do Butantã, durante o trabalho com o Trecho em 2010.
Nós quase não pudemos adentrar aquele espaço. Quase não pudemos criar nada com elas... não pudemos filmar lá dentro, não pudemos colocar as vozes delas para além das paredes.
Então, de repente, quase ao final de 2010 e de nosso período de entrada na prisão, pensei nas autoescrituras, nas quais elas escrevem sobre elas mesmas, podem contar coisas... podem desenhar o espaço da cadeia, para, quem nunca entrou lá, visualizar aquele lugar a partir do olhar de quem vive aquele lugar.
Particularmente achei belíssimo ler e ver os traços diferentes de cada uma delas. A experiência não é genérica... tantos possíveis, mesmo naquele lugar de ausências!
Os papéis com suas palavras e desenhos passaram a princípio invisíveis pelo olho observador da penitenciária... e chegam aqui, sem precisar de fronteiras... em rede... para troca.
Nós quase não pudemos adentrar aquele espaço. Quase não pudemos criar nada com elas... não pudemos filmar lá dentro, não pudemos colocar as vozes delas para além das paredes.
Então, de repente, quase ao final de 2010 e de nosso período de entrada na prisão, pensei nas autoescrituras, nas quais elas escrevem sobre elas mesmas, podem contar coisas... podem desenhar o espaço da cadeia, para, quem nunca entrou lá, visualizar aquele lugar a partir do olhar de quem vive aquele lugar.
Particularmente achei belíssimo ler e ver os traços diferentes de cada uma delas. A experiência não é genérica... tantos possíveis, mesmo naquele lugar de ausências!
Os papéis com suas palavras e desenhos passaram a princípio invisíveis pelo olho observador da penitenciária... e chegam aqui, sem precisar de fronteiras... em rede... para troca.
Carolina Nóbrega
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